Li e gostei


A “hermenêutica da tortura” de Silas Malafaia

3/6/2012 11:51:33
Por Paulo Nascimento
A “hermenêutica da tortura” de Silas Malafaia
Não tenho nenhum problema em assumir que já gostei de Silas Malafaia. Eu o ouvi pela primeira vez em 1998, já na fase dos DVDs. Lembro-me exatamente a primeira mensagem que ouvi daquele pastor. Era uma reflexão sobre legalismo. Malafaia me chamou muito a atenção por mostrar uma postura diferente no contexto da Assembleia de Deus – igreja conhecida pelo seu rigor quanto aos chamados usos e costumes.Mas também não tenho nenhum problema de dizer que faz tempo que Malafaia deixou de ser um pastor interessante para mim. Infelizmente, hoje o vejo como mais um subproduto de uma mentalidade evangélica com a qual não me identifico em qualquer aspecto. Malafaia frustrou as esperanças de quem achou que sua ruptura com os padrões históricos da Assembleia de Deus iria apresentar alguma novidade interessante dentro do protestantismo brasileiro. Esperávamos um pentecostalismo inteligente, engajado, dialógico, que no fervor do Espírito Santo pudesse trazer um renovo genuinamente brasileiro ao nosso protestantismo. O que vimos aparecer? Uma reprodução caricatural da pior versão do evangelicalismo norte-americano. Justamente aquela que se pauta na voracidade por dinheiro e por poder político-midiático. Recentemente Malafaia desafiou blogueiros e “críticos” a refutarem suas posições sobre prosperidade. Exibiu uma mensagem em que fala sobre o assunto, e desafiou seus desafetos a apresentar-lhe supostos erros teológicos. Interessante é que Malafaia não abre nenhum canal para o debate. Não dialoga com ninguém. Desafia os críticos, mas não senta à mesa com eles, nem os convida para uma conversa franca em seus programas na TV. Vocifera na segurança dos estúdios e dos púlpitos. Mas teme o calor de um papo com gente madura. É soberano nos monólogos. Nada mais. Não me alongarei numa resposta à sua fatídica exposição de 2Co 8 e 9. Não é preciso refutá-la ponto a ponto, pois quando algo está contaminado desde a raiz, a obviedade da podridão do resto é notória. Antes, é preciso reconhecer que Malafaia não possui mesmo outra alternativa. A fim de sustentar toda estrutura religiosa que lhe circunda e lhe beneficia – exposta em seu nababesco estilo de vida –, é preciso torturar o texto bíblico para que ele fale não a sua própria verdade, mas a verdade que o torturador procura. Como um torturador empunha as suas ferramentas e faz gemer o torturado a fim de produzir uma verdade a qualquer custo, Malafaia empunha suas lentes hermenêuticas prévias a fim de que o texto produza uma verdade-mentira. O que temos? Um sujeito arguto violentando textos e mentes. Malafaia despreza todos os elementos contextuais de 2Co 8 e 9. A palavra “contexto” não aparece uma só vez em sua fala. E que contexto é esse? É o contexto de uma coleta efetuada por Paulo, a fim de socorrer a comunidade cristã de Jerusalém, que passava por um momento de grande necessidade. Paulo escreve aos coríntios e lhes apresenta o exemplo de como haviam procedido os cristãos da Macedônia nesse tocante, mostrando grande generosidade diante da difícil situação dos pobres de Jerusalém. Toda a argumentação de Paulo nos capítulos 8 e 9 de 2Co é um esforço de fazer os coríntios se integrarem numa corrente de solidariedade. Não há nesses capítulos nenhuma “doutrina” sobre dízimos e ofertas. Não há nenhuma “lei de semeadura”. Há, outrossim, a descrição de uma experiência de solidariedade. Há uma exposição de um apóstolo que calejava as mãos produzindo tendas, e cujo coração se comovia com a situação dos pobres e necessitados de Jerusalém. Há alguém que acreditava no poder da solidariedade, e que argumentava em favor dela, dizendo que solidariedade produz solidariedade. Malafaia subverte a compreensão mais rudimentar do que seja a Graça de Deus. Subverte aquela compreensão basiquinha da Graça como um “favor imerecido”. Pois se o favor de Deus é equivalente às ofertas “semeadas” (isto é, dadas em dinheiro à igreja!), tal favor já não é imerecido. Na verdade, já nem é mais favor. É fruto de barganha. Não é Graça, mas des-graça. É mesmo inexplicável que Paulo tenha ensinado acerca das “leis da semeadura” e tenha permanecido um operário, um fazedor de tendas durante a vida. Malafaia comete um equívoco semelhante ao que o pentecostalismo fez com Atos 2: o equívoco de institucionalizar uma experiência. O pentecostalismo fez das experiências do Dia de Pentecostes, descritas em Atos 2, um Dogma. Exigiu sua replicabilidade como critério da genuína experiência do Espírito. Enclausurou as amplas possibilidades do agir do Espírito no carisma do “falar em línguas”. Empobreceu por completo a sua própria experiência pneumatológica. O Espírito, obviamente, foi soprar em outros movimentos da sociedade. Malafaia comete o mesmo erro na sua tortura a 2Co 8 e 9. Engessa e dogmatiza uma experiência pontual. Empobrece aquilo que poderia ser potencialmente disparador de uma espiritualidade solidária. A experiência de solidariedade humana é, desse jeito, revivida em outros arraiais. Alguns não-cristãos. Outros anti-cristãos. Glória a Deus! A hermenêutica da tortura operada por Malafaia em 2Co 8 e 9 é irônica e trágica. Irônica, pois trata-se de um televangelista rico, numa sociedade capitalista, apropriando-se e torturando textos de um apóstolo pobre, de uma sociedade pré-capitalista. Trágica, pois aquilo que poderia ser fundamento de uma espiritualidade da solidariedade, tão urgente em nossos dias, torna-se fomento para uma teologia diabólica, em que Deus é constrangido a prosperar indivíduos em seus desejos egoístas e consumistas.



MANIFESTO PRESBITERIANO SOBRE ABORTO E HOMOFOBIA

A IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, vem a público MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia.


I – Quanto à prática do ABORTO, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.


Visto que: (1) Deus é o Criador de todas as coisas e, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas; (2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano, e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto; (3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser; (4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira, e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.


Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.
II – Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualidade é homofóbica, e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.


Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam quea prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).


Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.


Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007 AD.


Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil
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Consultoria Eclesiástica - Pr Ed Rene Kivitz

Resolvi entrar no mercado de consultoria eclesiástica. Após mais de 20 anos de contatos com modelos metodológicos que visam otimizar os resultados das igrejas acredito que já consegui alinhavar algumas idéias suficientemente testadas e aprovadas. Ofereço, portanto, e de graça, conselhos para líderes que desejam fazer sua igreja crescer.

Antes, recomendações bibliográficas. Leia Guy Debord para adquirir noções a respeito da sociedade espetáculo, onde até mesmo a fé é show. Leia também Pierre Bourdier para se familiarizar com a realidade dons bens simbólicos no mercado, inclusive religioso. Finalmente, leia Maquiavél, e medite sobre o postulado da primazia dos fins sobre os meios.

Eis os conselhos.

– Pratique o ilícito, afinal você não vai conseguir chegar muito longe sem umas boas maracutaias. Faça com que as pessoas trabalhem para você e depois mande que busquem seus direitos na justiça, encontre fiadores para seus negócios e não tenha escrúpulos em deixar que eles se virem para pagar a conta, em caso extremo, dê calote sem dó nem piedade, e, principalmente, use e abuse dos ambiciosos e vaidosos que darão até as calças para serem identificados como as pessoas de sua confiança – pegue as calças deles. Não se importe com títulos protestados, aliás, encontre número suficiente de laranjas e crie empresas fantasmas para fazer escoar todas as demandas judiciais contra você. Externalize, companheiro, o máximo possível.

– Invista na comunicação de massa: rádio, tv e shows, muitos shows, mega shows. O mundo gospel está cheio de artistas talentosíssimos, bem intencionados e precisando ganhar o pão de cada dia. Prometa o pão. Grave os caras, promova a banda deles, mas retenha todos os direitos em sua propriedade e faça amarrações contratuais de tal maneira que eles sejam obrigados a comer na sua mão.

– Não tenha vergonha de pedir dinheiro. Faça com que todos acreditem que doar para sua igreja é a mesma coisa que doar para Deus. Crie alguns projetos de fachada e divulgue os resultados como pretexto para pedir mais dinheiro. Desvie todos os recursos doados para (1) empresas comerciais e (2) patrimônio pessoal. Preserve seu patrimônio colocando tudo em nome de laranjas ou em contas no exterior. Institua uma fundação que possa funcionar como plataforma de lavagem de dinheiro e use também as igrejas (multiplicadas em sistema de franquia) como forma de burlar o fisco.

– Assuma uma postura de liderança espiritual como celebridade. Ande rodeado de asseclas, serviçais e guarda-costas. Faça muito barulho ao chegar e ao sair. Não permita que sua presença passe despercebida. Ostente todos os sinais exteriores possíveis de riqueza: roupas, jóias, cabelos, canetas, relógios, carros, e, se possível dê um jeito de aparecer na revista Caras. Faça com que o povo veja como você é próspero e repita à exaustão que tudo o que você possui é uma evidência da benção de Deus sobre a sua vida. Faça com que todos acreditem que poderão chegar onde você está. Ou melhor, faça com que tenham inveja de você e se disponham a fazer qualquer coisa para chegar aonde você chegou, ou, na pior das hipóteses, ficar perto de você.

– Satanize todos os seus críticos e opositores. Transforme todos eles em inimigos de Deus. Pouca coisa une mais um povo do que um inimigo comum: encontre um, a Globo, por exemplo. Construa um discurso persecutório, repita sem parar que você é vítima de perseguição religiosa, que estão sendo injustos contra você e que na verdade perseguir você é apenas uma artimanha do diabo para levantar oposição a Deus e ao evangelho. Crie símbolos de amarração simbólica e crie um espírito de corpo do tipo "nós contra o mundo e todo mundo é contra nós". Lance campanhas de compromissos até a morte, crie slogans com palavras de ordem, uniformize seu exército – faça todos os líderes usarem a mesma camiseta e venda camisetas iguais para o povo.

– Cale a voz da sua consciência. Deus costuma falar através dela. Afaste-se de todas as pessoas sérias que aparecerem no seu caminho. Afaste-as de você. Invente calúnias contra elas. Deixe-as fragilizadas, com uma mão na frente e outra atrás, e assim não terão forças emocionais para enfrentar você e lutar pelo que é justo, pois estarão ocupadas tentando se reerguer. Não olhe nos olhos do povo simples que segue você, não se deixe mover por compaixão, abafe todos os impulsos de bondade e honestidade. Quando sentir vergonha de ser quem você é, fique quietinho, esperando a vergonha passar. Em último caso, tente se convencer de que as pessoas sinceras e realmente tocadas por Deus no meio dessa confusão toda que você criou ao seu redor serão cuidadas pelo próprio Deus. Chore de noite, escondido ou escondida. Com o tempo sua consciência se cauteriza e a coisa flui que é uma beleza.

– Creia que é possível nascer de novo. Ou, se for o caso, creia que é possível voltar ao primeiro amor.

Não tenho dúvidas que sua igreja vai crescer. A história demonstra que não apenas igrejas evangélicas, mas também movimentos políticos e econômicos, bem como seitas de toda sorte usam regras semelhantes e prosperam. Caso você volte ao primeiro amor, não se envergonhe do evangelho de Jesus Cristo. Levante as mãos para o céu e agradeça. Deus vai lhe dar forças para você conviver com sua memória e reescrever sua história.
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O Valor de um Pastor - Pr Joaquim de Paula Rosa
  • O valor de um pastor não é medido por sua popularidade, poder de persuasão ou quantidade de pessoas que atrai, mas sim por seu caráter e fidelidade a Deus (Jo 6.66 e 67);
  • O valor de um pastor não é medido pela aprovação de homens, mas pela aprovação de Deus. O pastor é segundo o coração de Deus e não segundo o coração dos homens (Jr 3.15);
  • O valor de um pastor não é medido pelo tamanho de sua igreja, mas por suas qualidades éticas, morais e espirituais;
  • O valor de um pastor não é medido pelo volume das entradas financeiras de sua igreja, mas por sua capacidade de suprir seu rebanho com a Palavra de Deus. Há pastores que se preocupam com a lã. Há pastores que se preocupam com as ovelhas.
  • O valor de um pastor não é medido pelo salário que ganha, mas pelo serviço que presta;
  • O valor de um pastor não é medido por sua capacidade política e de articulação, pois muitas vezes ele deixa de ser “politicamente correto” para permanecer justo e reto diante de Deus;
  • O valor de um pastor não é medido pelos cargos que ele ocupa na denominação, mas pelo serviço que presta à Obra de Deus;
  • O valor de um pastor não é medido pela satisfação de seus ouvintes, mas por sua pregação coerente aos valores do evangelho bíblico capaz de transformar vidas. A sua mensagem, ao invés de massagear o ego humano, às vezes desagrada por confrontar o ouvinte com a verdade;
  • O valor de um pastor não é medido pelo seu poder ou status, mas por sua submissão e obediência a Deus;
  • O valor de um pastor não é medido por sua autossuficiência. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza de homens que às vezes julgamos fracos e incapacitados (2ª Co 12.9);
  • O valor de um pastor não é medido por sua condição física, mas por sua condição espiritual;
  • O valor de um pastor não é medido pela quantidade de amigos ou pessoas que o rodeiam, mas sim por seu amor às pessoas;
  • O valor de um pastor não é medido pelos seus discursos, mas pela autoridade de seu viver (Mt 7.9);
  • O valor de um pastor não é medido pelo crescimento quantitativo ou não da membresia de sua igreja, mas pelas transformações que suas mensagens geram em seus ouvintes. Há por aí templos cheios de pessoas perdidas, e igrejas pequenas onde pessoas experimentam a salvação em Cristo;
  • O valor de um pastor não é medido pelo seu poder de empolgar sua igreja ou plateia, pois seu chamado é para pastorear e não para “animar” auditório;
  • O valor de um pastor não é medido pelas crises que passa ou deixa de passar, mas pela maneira como se comporta em momentos difíceis;
  • O valor de um pastor é medido por critérios divinos e não humanos.
  • O pastor é dependente de Deus, e não de homens;
  • O pastor é homem frágil e pequeno, por meio do qual Deus realiza coisas grandes e extraordinárias;
  • O pastor sabe que seu chamado é para pastorear e não para gerir empresas; ele não se preocupa com números mas com a saúde de suas ovelhas;
  • O verdadeiro pastor não se “contextualiza” ao mundo, mas se esforça para tirar vidas do mundo;
  • O pastor de valor forma valores;
  • Se você tem um pastor, agradeça a Deus, ore por ele e ame-o!
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Robinson Cavalcanti: Brasil: Justiça Legaliza Imoralidade

Posição de Dom Robinson Cavalcanti (Bispo Anglicano) sobre a união homoafetiva,

Brasil: Justiça Legaliza Imoralidade

Em um país onde o Poder Legislativo é o que menos legisla, mas sim o Poder Executivo através de Medidas Provisórias ou o Poder Judiciário através das suas “interpretações” (este último sem ter sido eleito pelo povo, nem passível de perante ele responder), o Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade dos seus membros, resolveu estender aos homossexuais o instituto das “uniões estáveis”, sem qualquer embasamento nos dispositivos expressos da Constituição Federal ou do Código Civil, mas tendo por base argumentos filosóficos emanados da ideologia secularista que está a destruir os fundamentos da civilização ocidental plasmada pelo Cristianismo.

Mais uma vez é o aparelho do Estado indo de encontro à Nação, sua História, sua Cultura e seus Valores. A imoralidade do homossexualismo – nítido desvio de conduta e enfermidade emocional e espiritual – sempre rejeitada pela Nação, não por preconceitos, mas por conceitos que geram preceitos, recebeu o manto da legalidade, com o objetivo de reforçar a sua legitimidade. A imoralidade foi legalizada. O pecado foi legalizado. A minoria organizada do lobby GLSTB comemora seu momento de “vitória” contra a família. O Brasil se junta aos 10% dos países vanguardistas onde se aprovou tal instituto ou o do próprio “casamento”. O Brasil está de luto. A dignidade da pessoa humana e as leis vigentes isonômicas já eram mais do que suficientes para o exercício da cidadania, o bom funcionamento do Estado Democrático de Direito e a busca do Bem-Comum. O próximo passo será a criminalização dos heterossexuais que não admitem a normalidade do homossexualismo, o atentado à liberdade de expressão e da liberdade de religião, com a PLC 122, ora no Senado da República.

A mídia já vinha, há muito tempo, manipulando a opinião pública, em uma autêntica lavagem cerebral, para quebrar as resistências, e “reeducar” a nação. Os Ministérios Federais, como o da Educação e dos Direitos Humanos também estão a gastar o dinheiro do contribuinte para promover a pederastia.

Os argumentos levantados pelos doutos ministros no dia de hoje devem ser levados às suas consequências lógicas, legalizando as outras “minorias discriminadas”, como os pedófilos e outros tantos ófilos.

Os cidadãos brasileiros de convicções morais baseadas nos valores da fé revelada e nos valores sempre afirmados por nossa Pátria continuarão, com convicção e coragem, a expressar a sua mais veemente condenação a esse momento lamentável, que deslustrou a mais alta corte de justiça do País. Continuarão a pregar a mensagem de perdão de Deus a todos os pecadores e a todos os pecados (e não a promover marchas de orgulho do pecado), bem como a mensagem de arrependimento e de mudança de vida, de libertação das opressões e dos desvios, que ferem a santidade de Deus e o seu projeto para a humanidade. Continuarão a apoiar os que hoje optam pelo comportamento homoerótico e que desejam dele ser curados, bem como aos heróicos terapeutas que se arriscam diante da intolerância das novas manifestações de totalitarismo. Bem nos ensina o apóstolo Pedro que “antes importa obedecer a Deus do que aos homens”, e seguindo o exemplo de Martin Luther King Jr, nos cabe a resistência pacífica (não passiva) e não violenta, a desobediência civil. Nesse momento que vozes proféticas se levantem, pois o respeito ao Poder Judiciário não passa por sua infalibilidade nem pela impossibilidade de dele se discordar e apontar para os seus equívocos, que prejudicam a Nação, e que um dia serão julgados tanto por Deus, quanto pela História.

Ache o aparelho do Estado o que achar, decida o que decidir, nossas Igrejas continuarão a afirmar que Deus criou uma humanidade de machos e fêmeas, que ordenou que o homem se unisse à mulher, e que condena vigorosamente a sodomia.

As consequências do que hoje decidiu na esfera do Estado não atingem a vida interna da Igreja e do Povo de Deus. Continuaremos a afirmar o que a herança judaico-cristã-islâmica tem ensinado por cinco mil anos. Continuaremos a respeitar a memória dos nossos antepassados e a honrar os valores dos nossos costumes e das nossas crenças.

Oremos pelas autoridades da República, para que cessem de fazer o mal e promovam o bem!Mogi das Cruzes (SP), 05 de maio de 2011,
Anno Domini.
 
Dom Robinson Cavalcanti,

Bispo Diocesano